sábado, 26 de abril de 2008

A força do ego sobre o Construtivismo.


A força do ego sobre o Construtivismo
O medo de falar.

Turmas inteiras caladas com medo de dizer algo, de interagir porque o super poderoso está a sua frente. Como fala Fernando Becker, professor e Escritor de inúmeros livros na área da pedagogia, “a escola que não deixa agir, e sim só em fazer repetir, recitar, aprender e ensinar o que já está pronto” . A Educação deve ser um processo de construção de conhecimento ao qual ocorrem, em condição de complementaridade, por um lado, os alunos e professores e, por outro, os problemas sociais atuais e o conhecimento já construído (‘acervo cultural da Humanidade’)."
Quando o ego fica a serviço do Id fugindo ao controle do superego o homem se torna perigoso a si e ao outros a sua volta, é claro que mecanismos de legalização dessa fuga são criados, vejam no campo educacional, apesar da visão do construtivismo já abordado acima por Becker, o modelo tradicional continua sendo a Tonica da Educação, não quero entrar no mérito da questão da falta de investimento ou da postura governamental, ou até mesmo das condições físicas inadequadas, prefiro abordar o sobre o ego daquele que está à frente, e usa a sala de aula como um local de auto realização, olho através das vaidades de educadores que continuam mantendo o método tradicional, porque valoriza mais o professor como o mestre, o super poderoso, o dono da verdade, então esse se torna uma momento de puro poder e pouco de parceria na construção do saber.Eu poderia mencionar Piaget ou vygotsky, que apesar de terem sido psicólogos, foram extremamente competentes dentro da pedagogia, mas prefiro mostrar um parte do artigo do João Carlos Martins Doutor pela Pontifícia Universidade Católica _ PUC/SP.
"Quando nos referimos ao valor das interações em sala de aula, é importante pensarmos que este referencial não compactua com a idéia de classes socialmente homogêneas, onde uma determinada classe social organiza o sistema educacional de forma a reproduzir seu domínio social e sua visão de mundo. Também não aceitamos a idéia de sala de aula arrumada, onde todos devem ouvir uma só pessoa transmitindo informações que são acumuladas nos cadernos dos alunos de forma a reproduzir em determinado saber eleito como importante e fundamental para a vida de todos.""Quando imaginamos uma sala de aula em um processo interativo, estamos acreditando que todos terão possibilidade de falar, levantar suas hipóteses e nas negociações, chegar a conclusões que ajudem o aluno a se perceber parte de um processo dinâmico de construção."
Mas o que encontramos são Professores que usam de sua posição para massagear seu próprios egos inflamados, com uma retórica moderna mas ainda presos ao autoritarismos repressivo, que não deixa a classe falar, como um fosso que circunda a cidadela ele isola o aluno a uma condição de inferior.
É chegada a hora da Classe se impor a essa arrogância de postura, e sair da letargia da mesmice que não deixa ir alem, e deixar claro que é o futuro desses alunos que está em jogo, e a partir dessa atitude construir as novas gerações, geração de educadores muito mais focados na construção de uma educação construtivista onde os alunos podem falar sem medo.
Nonato Santiago

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Como elaborar uma resenha

Como elaborar uma resenha


1. Definições

Resenha-resumo:
É um texto que se limita a resumir o conteúdo de um livro, de um capítulo, de um filme, de uma peça de teatro ou de um espetáculo, sem qualquer crítica ou julgamento de valor. Trata-se de um texto informativo, pois o objetivo principal é informar o leitor.

Resenha-crítica:
É um texto que, além de resumir o objeto, faz uma avaliação sobre ele, uma crítica, apontando os aspectos positivos e negativos. Trata-se, portanto, de um texto de informação e de opinião, também denominado de recensão crítica.


2. Quem é o resenhista

A resenha, por ser em geral um resumo crítico, exige que o resenhista seja alguém com conhecimentos na área, uma vez que avalia a obra, julgando-a criticamente.


3. Objetivo da resenha

O objetivo da resenha é divulgar objetos de consumo cultural - livros,filmes peças de teatro, etc. Por isso a resenha é um texto de caráter efêmero, pois "envelhece" rapidamente, muito mais que outros textos de natureza opinativa.


4. Veiculação da resenha

A resenha é, em geral, veiculada por jornais e revistas.


5. Extensão da resenha

A extensão do texto-resenha depende do espaço que o veículo reserva para esse tipo de texto. Observe-se que, em geral, não se trata de um texto longo, "um resumão" como normalmente feito nos cursos superiores ... Para melhor compreender este item, basta ler resenhas veiculadas por boas revistas.


6. O que deve constar numa resenha

Devem constar:
  • O título
  • A referência bibliográfica da obra
  • Alguns dados bibliográficos do autor da obra resenhada
  • O resumo, ou síntese do conteúdo
  • A avaliação crítica

7. O título da resenha

O texto-resenha, como todo texto, tem título, e pode ter subtítulo, conforme os exemplos, a seguir:
    Título da resenha: Astro e vilão
    Subtítulo: Perfil com toda a loucura de Michael Jackson
    Livro: Michael Jackson: uma Bibliografia não Autorizada (Christopher Andersen) - Veja, 4 de outubro, 1995

    Título da resenha: Com os olhos abertos
    Livro: Ensaio sobre a Cegueira (José Saramago) - Veja, 25 de outubro, 1995

    Título da resenha: Estadista de mitra
    Livro: João Paulo II - Bibliografia (Tad Szulc) - Veja, 13 de março, 1996

8. A referência bibliográfica do objeto resenhado

Constam da referência bibliográfica:
  • Nome do autor
  • Título da obra
  • Nome da editora
  • Data da publicação
  • Lugar da publicação
  • Número de páginas
  • Preço
Obs.: Às vezes não consta o lugar da publicação, o número de páginas e/ou o preço.

Os dados da referência bibliográfica podem constar destacados do texto, num "box" ou caixa.

Exemplo: Ensaio sobre a cegueira, o novo livro do escritor português José Saramago (Companhia das Letras; 310 páginas; 20 reais), é um romance metafórico (...) (Veja, 25 de outubro, 1995).


9. O resumo do objeto resenhado

O resumo que consta numa resenha apresenta os pontos essenciais do texto e seu plano geral.

Pode-se resumir agrupando num ou vários blocos os fatos ou idéias do objeto resenhado.

Veja exemplo do resumo feito de "Língua e liberdade: uma nova concepção da língua materna e seu ensino" (Celso Luft), na resenha intitulada "Um gramático contra a gramática", escrita por Gilberto Scarton.


"Nos 6 pequenos capítulos que integram a obra, o gramático bate, intencionalmente, sempre na mesma tecla - uma variação sobre o mesmo tema: a maneira tradicional e errada de ensinar a língua materna, as noções falsas de língua e gramática, a obsessão gramaticalista, a inutilidade do ensino da teoria gramatical, a visão distorcida de que se ensinar a língua é se ensinar a escrever certo, o esquecimento a que se relega a prática lingüística, a postura prescritiva, purista e alienada - tão comum nas "aulas de português".

O velho pesquisador apaixonado pelos problemas de língua, teórico de espírito lúcido e de larga formação lingüística e professor de longa experiência leva o leitor a discernir com rigor gramática e comunicação: gramática natural e gramática artificial; gramática tradicional e lingüística;o relativismo e o absolutismo gramatical; o saber dos falantes e o saber dos gramáticos, dos lingüistas, dos professores; o ensino útil, do ensino inútil; o essencial, do irrelevante".



Pode-se também resumir de acordo com a ordem dos fatos, das partes e dos capítulos.

Veja o exemplo da resenha "Receitas para manter o coração em forma" (Zero Hora, 26 de agosto, 1996), sobre o livro "Cozinha do Coração Saudável", produzido pela LDA Editora, com o apoio da Beal.

Receitas para manter o coração em forma


"Na apresentação, textos curtos definem os diferentes tipos de gordura e suas formas de atuação no organismo. Na introdução os médicos explicam numa linguagem perfeitamente compreensível o que é preciso fazer (e evitar) para manter o coração saudável.

As receitas de Cozinha do Coração Saudável vêm distribuídas em desjejum e lanches, entradas, saladas e sopas; pratos principais; acompanhamentos; molhos e sobremesas. Bolinhos de aveia e passas, empadinhas de queijo, torta de ricota, suflê de queijo, salpicão de frango, sopa fria de cenoura e laranja, risoto com açafrão, bolo de batata, alcatra ao molho frio, purê de mandioquinha, torta fria de frango, crepe de laranja e pêras ao vinho tinto são algumas das iguarias".




10. Como se inicia uma resenha

Pode-se começar uma resenha citando-se imediatamente a obra a ser resenhada. Veja os exemplos:


"Língua e liberdade: por uma nova concepção da língua materna e seu ensino" (L&PM, 1995, 112 páginas), do gramático Celso Pedro Luft, traz um conjunto de idéias que subvertem a ordem estabelecida no ensino da língua materna, por combater, veementemente, o ensino da gramática em sala de aula.



Mais um exemplo:


"Michael Jackson: uma Bibliografia Não Autorizada (Record: tradução de Alves Calado; 540 páginas, 29,90 reais), que chega às livrarias nesta semana, é o melhor perfil de astro mais popular do mundo". (Veja, 4 de outubro, 1995).



Outra maneira bastante freqüente de iniciar uma resenha é escrever um ou dois parágrafos relacionados com o conteúdo da obra.

Observe o exemplo da resenha sobre o livro "História dos Jovens" (Giovanni Levi e Jean-Claude Schmitt), escrita por Hilário Franco Júnior (Folha de São Paulo, 12 de julho, 1996).

O que é ser jovem

Hilário Franco Júnior

Há poucas semanas, gerou polêmica a decisão do Supremo Tribunal Federal que inocentava um acusado de manter relações sexuais com uma menor de 12 anos. A argumentação do magistrado, apoiada por parte da opinião pública, foi que "hoje em dia não há menina de 12 anos, mas mulher de 12 anos".

Outra parcela da sociedade, por sua vez, considerou tal veredito como a aceitação de "novidades imorais de nossa época". Alguns dias depois, as opiniões foram novamente divididas diante da estatística publicada pela Organização Mundial do Trabalho, segundo a qual 73 milhões de menores entre 10 e 14 anos de idade trabalham em todo o mundo. Para alguns isso é uma violência, para outros um fato normal em certos quadros sócio-econômico-culturais.

Essas e outras discussões muito atuais sobre a população jovem só podem pretender orientar comportamentos e transformar a legislação se contextualizadas, relativizadas. Enfim, se historicizadas. E para isso a "História dos Jovens" - organizada por dois importantes historiadores, o modernista italiano Giovanno Levi, da Universidade de Veneza, e o medievalista francês Jean-Claude Schmitt, da École des Hautes Études em Sciences Sociales - traz elementos interessantes.



Observe igualmente o exemplo a seguir - resenha sobre o livro "Cozinha do Coração Saudável", LDA Editores, 144 páginas (Zero Hora, 23 de agosto, 1996).

Receitas para manter o coração em forma

Entre os que se preocupam com o controle de peso e buscam uma alimentação saudável são poucos os que ainda associam estes ideais a uma vida de privações e a uma dieta insossa. Os adeptos da alimentação de baixos teores já sabem que substituições de ingredientes tradicionais por similares light garantem o corte de calorias, açúcar e gordura com a preservação (em muitos casos total) do sabor. Comprar tudo pronto no supermercado ou em lojas especializadas é barbada. A coisa complica na hora de ir para a cozinha e acertar o ponto de uma massa de panqueca,crepe ou bolo sem usar ovo. Ou fazer uma polentinha crocante, bolinhos de arroz e croquetes sem apelar para a frigideira cheia de óleo. O livro Cozinha do Coração Saudável apresenta 110 saborosas soluções para esses problemas. Produzido pela LDA Editora com apoio da Becel, Cozinha do Coração saudável traz receitas compiladas por Solange Patrício e Marco Rossi, sob orientação e supervisão dos cardiologistas Tânia Martinez, pesquisadora e professora da Escola Paulista de Medicina, e José Ernesto dos Santos, presidente do departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia e professor da faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Os pratos foram testados por nutricionistas da Cozinha Experimental Van Den Bergh Alimentos.



Há, evidentemente, numerosas outras maneiras de se iniciar um texto-resenha. A leitura (inteligente) desse tipo de texto poderá aumentar o leque de opções para iniciar uma recensão crítica de maneira criativa e cativante, que leva o leitor a interessar-se pela leitura.



11. A crítica

A resenha crítica não deve ser vista ou elaborada mediante um resumo a que se acrescenta, ao final, uma avaliação ou crítica. A postura crítica deve estr presente desde a primeira linha, resultando num texto em que o resumo e a voz crítica do resenhista se interpenetram.

O tom da crítica poderá ser moderado, respeitoso, agressivo, etc.

Deve ser lembrado que os resenhistas - como os críticos em geral - também se tornam objetos de críticas por parte dos "criticados" (diretores de cinema, escritores, etc.), que revidam os ataques qualificando os "detratores da obra" de "ignorantes" (não compreenderam a obra) e de "impulsionados pela má-fé".


12. Exemplos de resenhas

Publicam-se a seguir três resenhas que podem ilustrar melhor as considerações feitas ao longo desta apresentação.

Atwood se perde em panfleto feminista

Marilene Felinto
Da Equipe de Articulistas

Margaret Atwood, 56, é uma escritora canadense famosa por sua literatura de tom feminista. No Brasil, é mais conhecida pelo romance "A mulher Comestível" (Ed. Globo). Já publicou 25 livros entre poesia, prosa e não-ficção. "A Noiva Ladra" é seu oitavo romance.

O livro começa com uma página inteira de agradecimentos, procedimento normal em teses acadêmicas, mas não em romances. Lembra também aqueles discursos que autores de cinema fazem depois de receber o Oscar. A escritora agradece desde aos livros sobre guerra, que consultou para construir o "pano de fundo" de seu texto, até a uma parente, Lenore Atwood, de quem tomou emprestada a (original? significativa?) expressão "meleca cerebral".

Feitos os agradecimentos e dadas as instruções, começam as quase 500 páginas que poderiam, sem qualquer problema, ser reduzidas a 150. Pouparia precioso tempo ao leitor bocejante.

É a história de três amigas, Tony, Roz e Charis, cinqüentonas que vivem infernizadas pela presença (em "flashback") de outra amiga, Zenia, a noiva ladra, inescrupulosa "femme fatale" que vive roubando os homens das outras.

Vilã meio inverossímel - ao contrário das demais personagens, construídas com certa solidez -, a antogonista Zenia não se sustenta, sua maldade não convence, sua história não emociona. A narrativa desmorona, portanto, a partir desse defeito central. Zenia funcionaria como superego das outras, imagem do que elas gostariam de ser, mas não conseguiram, reflexo de seus questionamentos internos - eis a leitura mais profunda que se pode fazer desse romance nada surpreendente e muito óbvio no seu propósito.

Segundo a própria Atwood, o propósito era construir, com Zenia, uma personagem mulher "fora-da-lei", porque "há poucas personagens mulheres fora-da-lei". As intervenções do discurso feminista são claras, panfletárias, disfarçadas de ironia e humor capengas. A personagem Tony, por exemplo, tem nome de homem (é apelido para Antônia) e é professora de história, especialista em guerras e obcecada por elas, assunto de homens: "Historiadores homens acham que ela está invadindo o território deles, e deveria deixar as lanças, flechas, catapultas, fuzis, aviões e bombas em paz".

Outras alusões feministas parecem colocadas ali para provocar riso, mas soam apenas ingênuas: "Há só uma coisa que eu gostaria que você lembrasse. Sabe essa química que afeta as mulheres quando estão com TPM? Bem, os homens têm essa química o tempo todo". Ou então, a mensagem rabiscada na parede do banheiro: "Herstory Not History", trocadilho que indicaria o machismo explícito na palavra "História", porque em inglês a palavra pode ser desmembrada em duas outras, "his" (dele) e story (estória). A sugestão contida no trocadilho é a de que se altere o "his" para "her" (dela).

As histórias individuais de cada personagem são o costumeiro amontoado de fatos cotidianos, almoços, jantares, trabalho, casamento e muita "reflexão feminina" sobre a infância, o amor, etc. Tudo isso narrado da forma mais achatada possível, sem maiores sobressaltos, a não ser talvez na descrição do interesse da personagem Tony pelas guerras.

Mesmo aí, prevalecem as artificiais inserções de fundo histórico, sem pé nem cabeça, no meio do texto ficcional, efeito da pesquisa que a escritora - em tom cerimonioso na página de agradecimentos - se orgulha de ter realizado.



Estadista de mitra


Na melhor bibliografia de João Paulo II até agora, o jornalista Tad Szulc dá ênfase à atuação política do papa

Ivan Ângelo

Como será visto na História esse contraditório papa João Paulo II, o único não-italiano nos últimos 456 anos? Um conservador ou um progressista? Bom ou mau pastor do imenso rebanho católico? Sobre um ponto não há dúvida: é um hábil articulador da política internacional. Não resolveu as questões pastorais mais angustiantes da Igreja Católica em nosso tempo - a perda de fiéis, a progressiva falta de sacerdotes, a forma de pôr em prática a opção da igreja pelos pobres -; tornou mais dramáticos os conflitos teológicos com os padres e os fiéis por suas posições inflexíveis sobre o sacerdócio da mulher, o planejamento familiar, o aborto, o sexo seguro, a doutrina social, especialmente a Teologia da Libertação, mas por outro lado, foi uma das figuras-chave na desarticulação do socialismo no Leste Europeu, nos anos 80, a partir da sua atuação na crise da Polônia. É uma voz poderosa contra o racismo, a intolerância, o consumismo e todas as formas autodestrutivas da cultura moderna. Isso fará dele um grande papa?

O livro do jornalista polonês Tad Szulc João Paulo II - Bibliografia (tradução de Antonio Nogueira Machado, Jamari França e Silvia de Souza Costa; Francisco Alves; 472 páginas; 34 reais) toca em todos esses aspectos com profissionalismo e competência. O autor, um ex-correspondente internacional e redator do The New York Times, viajou com o papa, comeu com ele no Vaticano, entrevistou mais de uma centena de pessoas, levou dois anos para escrever esse catatau em uma máquina manual portátil, datilografando com dois dedos. O livro, bastante atual, acompanha a carreira (não propriamente a vida) do personagem até o fim de janeiro de 1995, ano em que foi publicado. É um livro de correspondente internacional, com o viés da política internacional. Szulc não é literariamente refinado como seus colegas Gay Talese ou Tom Wolfe, usa com freqüência aqueles ganchos e frases de efeito que adornam o estilo jornalístico, porém persegue seu objetivo como um míssil e atinge o alvo.

Em meio à política, pode-se vislumbrar o homem Karol Wojtyla, teimoso, autoritário, absolutista de discurso democrático, alguém que acha que tem uma missão e não quer dividi-la, que é contra o "moderno" na moral, que prefere perder a transigir, mas é gentil, caloroso, fraterno, alegre, franco ... Szulc, entretanto, só faz o esboço, não pinta o retrato. Temos, então, de aceitar a sua opinião: "É difícil não gostar dele".

Opus Dei - O livro começa descrevendo a personalidade de João Paulo II, faz um bom resumo da História da Polônia e sua opção pelo Ocidente e pela Igreja Católica Romana (em vez da Ortodoxa Grega, que dominava os vizinhos do Leste), fala da relação mística de Wojtyla com o sofrimento, descreve sus brilhante carreira intelectual e religiosa, volta à sua infância, aos seus tempos de goleiro no time do ginásio ""um mau goleiro", dirá mais tarde um amigo), localiza aí sua simpatia pelos judeus, conta que ele decidiu ser padre em meio ao sofrimento pela morte do pai, destaca a complacência de Pio XII com o nazismo, a ajuda à Opus Dei (a quem depois João Paulo II daria todo o apoio), demora-se demais nos meandros da política do bispo e cardeal Wojtyla, cresce jornalisticamente no capítulo sobre a eleição desse primeiro papa polonês, mostra como ele reorganizou a Igreja, discute suas posições conservadoras sobre a Teologia da Libertação e as comunidades eclesiais de base, CEBs, na América latina, descreve sua decisiva atuação na política do Leste Europeu, a derrocada do comunismo, e termina com sus luta atual contra o demônio pós-comunista. Agora o demônio, o perigo mortal para a humanidade, é o capitalismo selvagem e o "imperialismo contraceptivo" dos EUA e da ONU.

Szulc, o escritor-míssil, não se desvia do seu alvo nem quando vê um assunto saboroso como a Cúria do Vaticano, que diz estar cheia de puxa-sacos e fofoqueiros com computadores, nos quais contabilizam trocas de favores, agrados, faltas e rumores. O sutil jornalista Gay Talese não perderia um prato desses.

Entretanto, Szulc está sempre atento às ações políticas do papa. Nota que João Paulo II elevou a Opus Dei à prelatura pessoal enquanto expurgou a Companhia de Jesus por seu apoio à Teologia da Libertação; ajudou a Opus Dei a se estabelecer na Polônia, beatificou rapidamente seu criador, monsenhor Escrivã. Como um militar brasileiro dos anos 60, cassou o direito de ensinar dos padres Küng, Pohier e Curran, silenciou os teólogos Schillebeeckx (belga), Boff (brasileiro), Häring (alemão) e Gutiérrez (peruano), reduziu o espaço pastoral de dom Arns (brasileiro). Em contrapartida, apoiou decididamente o sindicato clandestino polonês, a Solidariedade. Fez dobradinha com o general dirigente polonês Jaruzelski contra Brejnev, abrindo o primeiro país socialista, que abriu o resto. O próprio Gorbachev reconhece: "Tudo o que aconteceu no Leste Europeu nesses últimos anos teria sido impossível sem a presença deste papa".

Talvez seja assim também com relação ao que acontece com as religiões cristãs no nosso continente. Tad Szulc, com cautela, alerta para a penetração, na América Latina, dos evangélicos e pentecostais, que o próprio Vaticano chama de "seitas arrebatadoras". A participação comunitária e o autogoverno religioso que existia nas CEBs motivavam mais a população. Talvez seja. Acrescentando-se a isso o lado litúrgico dos evangélicos que satisfaz o desejo dos fiéis de serem atores no drama místico, não tanto espectadores, tem-se uma tese.

O perfil desenhado por Szulc é o de um político profundamente religioso. Um homem que reza sete horas por dia, com os olhos firmemente fechados, devoto de Nossa Senhora de Fátima e do mártir polonês São Estanislau e que acredita no martírio e na dor pessoais para alcançar a graça.



Um gramático contra a gramática

Gilberto Scarton

Língua e Liberdade: por uma nova concepção da língua materna e seu ensino (L&PM, 1995, 112 páginas) do gramático Celso Pedro Luft traz um conjunto de idéias que subverte a ordem estabelecida no ensino da língua materna, por combater, veemente, o ensino da gramática em sala de aula.

Nos 6 pequenos capítulos que integram a obra, o gramático bate, intencionalmente, sempre na mesma tecla - uma variação sobre o mesmo tema: a maneira tradicional e errada de ensinar a língua materna, as noções falsas de língua e gramática, a obsessão gramaticalista, inutilidade do ensino da teoria gramatical, a visão distorcida de que se ensinar a língua é se ensinar a escrever certo, o esquecimento a que se relega a prática lingüística, a postura prescritiva, purista e alienada - tão comum nas "aulas de português".

O velho pesquisador apaixonado pelos problemas da língua, teórico de espírito lúcido e de larga formação lingüística e professor de longa experiência leva o leitor a discernir com rigor gramática e comunicação: gramática natural e gramática artificial; gramática tradicional e lingüística; o relativismo e o absolutismo gramatical; o saber dos falantes e o saber dos gramáticos, dos lingüistas, dos professores; o ensino útil, do ensino inútil; o essencial, do irrelevante.

Essa fundamentação lingüística de que lança mão - traduzida de forma simples com fim de difundir assunto tão especializado para o público em geral - sustenta a tese do Mestre, e o leitor facilmente se convence de que aprender uma língua não é tão complicado como faz ver o ensino gramaticalista tradicional. É, antes de tudo, um fato natural, imanente ao ser humano; um processos espontâneo, automático, natural, inevitável, como crescer. Consciente desse poder intrínseco, dessa propensão inata pela linguagem, liberto de preconceitos e do artificialismo do ensino definitório, nomenclaturista e alienante, o aluno poderá ter a palavra, para desenvolver seu espírito crítico e para falar por si.

Embora Língua e Liberdade do professor Celso Pedro Luft não seja tão original quanto pareça ser para o grande público (pois as mesmas concepções aparecem em muitos teóricos ao longo da história), tem o mérito de reunir, numa mesma obra, convincente fundamentação que lhe sustenta a tese e atenua o choque que os leitores - vítimas do ensino tradicional - e os professores de português - teóricos, gramatiqueiros, puristas - têm ao se depararem com uma obra de um autor de gramáticas que escreve contra a gramática na sala de aula.

segunda-feira, 24 de março de 2008

A Economia, A Escassez, O Problema Económico, A Competição E As Escolhas

A ciência a que chamamos Economia estuda a gestão dos recursos escassos nas sociedades humanas. Economia Política - quando àquela intervenção se acrescenta o propósito de descrever como o voluntarismo de determinados grupos sociais dominantes ou entidades políticas se projeta na gestão dos recursos conformando-a segundo os seus desígnios próprios. Não pode conceber-se o homem sem necessidades, isto é, sem que experimente carência ou insatisfações da mais diversa índole. Ora é típico do seu comportamento a busca de meios aptos a atenuar ou suprimir aquele estado de insatisfação. A tais meios dá a economia o nome de bens. A obtenção da generalidade dos bens requer a mobilização de recursos. O que significa escassez para a economia? A escassez em sentido econômico tem sempre implícita uma relação entre a quantidade de recursos ou bens e as necessidades humanas que através deles buscam satisfação. A escassez pressupõe uma relação entre a quantidade do bem e as necessidades que com ele se satisfazem. Os bens produzem-se com fatores (recursos). É a relação entre a quantidade dos recursos (e dos bens) e as necessidades humanas que permite dizer se os recursos são escassos. A luta contra a escassez pode enveredar por duas vias alternativas: 1- Restringir o número e a intensidade das necessidades. Por esta via, pode
atenuar-se a escassez mediante o bloqueamento das próprias necessidades. Embora a quantidade de bens não sofra porventura aumento, a escassez aliviar- se-a. 2- Produzir e distribuir eficientemente o produto de modo a ir ao encontro das necessidades em crescimento. Trata-se duma via mais ativa e dinâmica, precisamente a que mais tem interessado os economistas. Se da produção resultam bens que geram satisfações e se toda a produção impõe a renúncia a de outras produções, evidente se torna que é preciso só pensar, para confrontar entre si, por um lado, as satisfações pretendidas e, por outro as renúncias ou sacrifícios inevitáveis que eles implicam. Os recursos são, para além de escassos, suscetíveis de empregos alternativos, enquanto que as necessidades (também ditas fins por contraposição aos recursos, que serão os meios) a satisfazer podem ser graduadas ou escalonadas por ordem de importância ou urgência. Daqui advém que a luta contra a escassez impõe a realização de escolhas. A escolha é uma atividade fundamental, há que escolher as necessidades que merecem satisfação prioritária. Os bens podem ser escassos ou não. Portanto, embora todos os bens sejam úteis e acessíveis, os bens econômicos são também escassos. Obviamente não devemos confundir os bens com coisas materiais, pois que também o são os serviços, uma vez que se revelam úteis, escassos e acessíveis. Uma feição importante dos bens é a existência ou inexistência de relações ou laços de interdependência entre eles. Os bens podem ser: - Substituíveis (ou sucedâneos) – permitem satisfazer uma mesma necessidade ou realizar um mesmo propósito. Diz-se que dois bens são perfeitos se, com a mesmíssima eficiência, satisfazem dada necessidade ou permitem realizar determinado propósito. O árbitro do grau de substituibilidade é sempre o utevilio do bem: o consumidor ou o produtor, conforme o caso. o que é perfeitamente substituível para um consumidor pode não o ser para outro. O grau de sucedaneidade pode medir-se. A economia é uma ciência tendencialmente quantificadora. - Complementares – dizem-se os que só conjuntamente satisfazem uma determinada necessidade ou permitem realizar um dado propósito. Caso dois bens não se relacionem entre si por laços de sucedaneidade ou de complementaridade, eles dizem-se independentes. Sejam os bens “comprimido de aspirina” e “esferográfica”. Embora não se possa excluir “in limine” que para alguém eles possam
revelar-se sucedâneos ou complementares. Costuma tomar-se como aferidor da natureza da relação entre dois bens o sentido da variação da quantidade procurada de um deles quando varia o preço do outro. Se as duas grandezas variam no mesmo sentido, os bens são sucedâneos; se variam em sentido contrário, dizem-se complementares. Na hipótese de a quantidade se revelar insensível àquele preço, temos bens independentes. Os bens econômicos ou satisfazem diretamente as necessidades humanas – os bens de consumo ou bens diretos (que são objeto de uma procura direta); ou servem apenas para produzir outros bens – são os bens indiretos, bens de produção ou capitais (que são alvo duma procura derivada ou induzida pela procura de bem diretos que eles ajudam a produzir). -Bens de consumo: -Duradouros – são os que podem ser objeto de numerosas utilizações sem destruição física ou perda da sua natureza econômica. Caracterizam-se por relativa longevidade. -Não-duradouros – destroem-se ou perdem-se sempre que são utilizados. -Capitais: -Fixos – todos os que se caracterizam por considerável duração que lhes permite intervir em numerosos atos produtivos sem perda da sua identidade e natureza econômica. -Circulantes – perdem-se ou destroem-se nos atos de produção em que são chamados a colaborar. Tanto os capitais fixos como os circulantes apresentam em diferente grau as características da mobilidade e da liquidez. -Mobilidade – capacidade dos capitais para se transferirem duma atividade para outra. Se a transferência é difícil, os capitais dizem-se especializados. -Liquidez – propriedade que revela uma óbvia correlação com a mobilidade, reflete a capacidade dum bem para se trocar por moeda (vender) sem grande perda de valor. Quando a liquidez é mínima, diz-se que o bem se caracteriza por uma elevada imobilização.

Autora: Diana
http://pt.shvoong.com/social-sciences/economics

Satisfazer ou encantar o cliente ?

As empresas buscam satisfazer seus clientes com o objetivo de conquistá-los e torná-los fiéis. É mais barato manter um cliente que conquistar um novo.

Determinados segmentos como a telefonia celular buscam algumas estratégias promocionais como tarifas mais baixas para convencer clientes de outras operadoras a migrarem para a sua.

Existem empresas que ainda não se conscientizaram que apenas satisfazer o cliente não é mais um diferencial, hoje a idéia é encantar o cliente.

Conforme Philip Kotler, uma das autoridades em Marketing, os dois elementos envolvidos no grau de satisfação são: a expectativa do consumidor e o desempenho do produto percebido.

Por exemplo, quando você vai comprar um automóvel o que você espera dele? Conforto, design, estabilidade, economia, poder de revenda etc. o que você espera do vendedor de automóvel? Que ele conheça muito bem o produto, suas características, benefícios, vantagens e que ele tenha um atendimento prestimoso. O que você espera da loja? Que ofereça facilidades ou desconto na forma de pagamento e que tenha uma boa assistência técnica. Estes fatores são as expectativas do consumidor. Quando você compra o automóvel vai agora confirmar se suas expectativas são atendidas ou não, estamos falando do desempenho do produto percebido.

Como estes dois elementos se interagem formando o conceito de satisfeito, insatisfeito e encantado? É simples, quando o desempenho do produto percebido atende as expectativas do consumidor, ele fica satisfeito, quando este desempenho fica abaixo da expectativa, ele fica insatisfeito e quando o desempenho supera, vai além da expectativa, o consumidor fica encantado.

Portanto, encantar o cliente significa oferecer um pouco mais do que ele está esperando. Assim se você é empregado, procure superar as expectativas do seu chefe, termine as tarefas em um tempo menor, surpreenda-o.

Se você é um empresário, estabeleça uma cultura interna de encantamento aos clientes, antes faça isto com seus colaboradores.

E por fim, lembre-se que todos nós temos expectativas quanto ao nosso futuro ou presente, e assim, ficar satisfeito, insatisfeito ou encantado com nossa vida, depende do nosso desempenho.

Prof. Gilberto T. Suzuki
UNAMA – CESFE
Recebeu o prêmio UNESPA em 2002

MACROECONOMIA PRINCIPIOS E APLICAÇÃO

MACROECONOMIA
PRINCÍPIOS E APLICAÇÕES

ROBERT E. HALL
MARC LIEBERMAN

O QUE É ECONOMIA?


Economia. A palavra nos faz pensar em todo o tipo de imagem: corretores enlouquecidos em Wall Street, um encontro de cúpula numa capital européia, um sisudo âncora de telejornal dando boas ou más notícias sobre a economia...Cada um de nós provavelmente ouve falar de economia diversas vezes pordia. Mas o que é, exatamente, economia?
Antes de mais nada, economia é uma ciência social, o que significa que procura explicar algo sobre a sociedade. Neste sentido, tem algo em comum com a psicologia, a sociologia e com as ciências políticas. Mas difere destas outras ciências sociais por causa daquilo que os economistas estudam e da maneira como o fazem. Os economistas fazem perguntas fundamentalmente diferentes e as respondem por meio do uso de ferramentas que os demais cientistas sociais consideram
algo exóticas.

ECONOMIA, ESCASSEZ E ESCOLHA

Uma boa definição de economia, capaz de destacar a diferença entre ela e asdemais ciências sociais é a seguinte:

Economia é o estudo da escolha sob condições de escassez.

Esta definição pode parecer estranha. Onde estão as palavras que estamos habituados a associar à economia como “dinheiro”, “ações e títulos”, “preços”, “orçamentos”etc.? Como veremos em breve, a economia trata de todas essas coisas e de outras mais. Mas vamos, primeiro, estudar um pouco mais a fundo duas idéias importantes presentes nesta definição: escassez e escolha.

ESCASSEZ E ESCOLHA INDIVIDUAL

Pense um pouco em sua própria vida – em suas atividades rotineiras, nos bens que você possui e aprecia, no ambiente em que vive. Há algo que você não tenha no momento e que gostaria de ter? Algo que você já tenha, mas gostaria de ter em maior quantidade? Se a sua resposta for “não”, parabéns! Ou você já está bem avançado no caminho do ascetismo Zen ou, então, é parente próximo do Bill Gates. A maioria de nós, contudo, sente a pressão das restrições ao nosso padrão material de viver. Esta verdade encontra-se no coração da economia, e pode ser rescrita da seguinte maneira: Todos enfrentamos o problema da escassez.

À primeira vista, pode parecer que você sofre de uma infinita variedade de escassezes. São tantas as coisas que você gostaria de ter exatamente agora – uma sala ou um apartamento maior, um carro novo, mais roupas... a lista é interminável. Mas um pouco de reflexão sugere que nossa limitada capacidade de satisfazer esses desejos baseia-se em duas outras limitações mais fundamentais: escassez de tempo e de poder aquisitivo.

Na qualidade de indivíduos, deparamo-nos com escassez de tempo e de poder aquisitivo. De posse de uma maior quantidade de qualquer das duas coisas, cada um de nós poderia ter mais dos bens e serviços que desejamos.

A escassez de poder aquisitivo é, sem dúvida, familiar a você. Todos já quisemos ter renda maior para podermos comprar mais das coisas que desejamos. Mas a escassez de tempo é igualmente importante. Muitas das atividades de que gostamos

– ir ao cinema, tirar férias, dar um telefonema – exigem tanto tempo quanto dinheiro.
Assim como nosso poder aquisitivo é limitado, também temos um número finito de horas por dia que podemos dedicar à satisfação de nossos desejos. Por causa de escassez de tempo e poder aquisitivo, somos forçados a fazer escolhas. Precisamos distribuir nosso escasso tempo entre diferentes atividades: trabalho, diversão, educação, sono, compras, entre outras coisas. E precisamos distribuir nosso ecasso poder aquisitivo entre diferentes bens e serviços:
abrigo, alimento, móveis, viagens e muitas outras coisas. Cada vez que escolhemos comprar ou fazer uma coisa, estamos também escolhendo não comprar ou fazer outra.

Os economistas estudam as escolhas que precisamos fazer como indivíduos e a maneira como estas escolhas moldam nossa economia. Por exemplo, na última década, cada um de nós pode – como indivíduo – ter optado fazer uma maior quantidade de compras pela Internet. Coletivamente, esta decisão determinará quais firmas e indústrias se expandirão e contratarão novos empregados (por exemplo, firmas de consultoria para a Internet e fabricantes de tecnologia para a Internet) e quais firmas se contrairão e demitirão empregados (como ovarejo tradicional).

Os economistas também estudam os efeitos mais sutis e indiretos da escolha individual sobre nossa sociedade. Será que a maioria dos americanos continuará a viver em casas ou será que – como se deu com os europeus – a maioria deles acabará em apartamentos? Teremos uma população educada e bem informada?
Será que os engarrafamentos de nossas cidades ficarão cada vez piores ou haverá uma luz no fim do túnel? Poderá a Internet gerar crescimento econômico acelerado e padrões de vida em ascensão mais rápida por muitos anos, ou apenas uma pequena explosão de atividade econômica que em breve irá diminuir? Estas perguntas giram, em grande parte, em torno das decisões individuais de milhões de pessoas. Para responder, é preciso compreender como os indivíduos fazem escolhas em condições de escassez.

ESCASSEZ E ESCOLHA SOCIAL

Pensemos, agora, em escassez e escolha do ponto de vista da sociedade. Quais são as metas de nossa sociedade? Queremos um padrão de vida mais elevado para nossos cidadãos; ar limpo, ruas seguras, boas escolas e muito mais. O que nos impede de realizar estes objetivos de maneira satisfatória para todos? A resposta é óbvia: a escassez.


Capítulo 1 Economia, Escassez e Escolha

No caso da sociedade, o problema é uma escassez de recursos – aquilo que usamos para produzir bens e serviços que nos ajudam a atingir nossos objetivos. Os economistas classificam os recursos em três categorias:

1. Trabalho é o tempo que as pessoas despendem produzindo bens e serviços.
2. Capital consiste nos instrumentos duradouros que as pessoas usam para
produzir bens e serviços. Isto inclui capital físico, que reúne coisas como prédios, maquinário e equipamentos, e capital humano – as habilidades e o treinamento que têm os trabalhadores.
3. Terra é o espaço físico em que se dá a produção, além dos recursos naturais
nela encontrados como petróleo, ferro, carvão e madeira.
Qualquer coisa produzida na economia resulta, em última análise, de alguma
combinação destes recursos. Pense na última palestra que você assistiu na faculdade.
Você estava consumindo um serviço – uma palestra universitária. O que foi usado na produção desse serviço? Seu instrutor forneceu trabalho. Também foram usadas muitas formas de capital. O capital físico incluiu coisas como as mesas, cadeiras, lousa ou retroprojetor e o próprio prédio da faculdade. Incluiu , também, o computador que seu instrutor pode ter usado para preparar
o texto da apresentação. Além disso, há o capital humano – o conhecimento especializado de seu instrutor e sua habilidade como palestrante. Finalmente, há a terra – o terreno em que foi construído o prédio da faculdade.

Além dos três recursos, outras coisas também foram usadas para produzir a palestra. O giz, por exemplo, é uma ferramenta usada pelo instrutor e poderíamos pensar que se trata de uma forma de capital, mas isto seria um erro. Por que? Porque não é duradouro. De maneira geral, os economistas somente consideram uma ferramenta como capital se ela tiver duração de alguns anos ou mais. O giz é consumido à medida que se desenrola a palestra, de modo que é considerado matéria-prima e não capital.

Um pouco de reflexão deve bastar para nos convencer de que o próprio giz é produzido a partir de alguma combinação dos três recursos (trabalho, capital e terra). Na verdade, todas as matérias-primas usadas para produzir a palestra

– a energia usada para aquecer ou refrigerar o prédio, o papel que o instrutor usou para fazer anotações sobre a palestra, etc. – vêm, em última análise, dos três recursos da sociedade. E a escassez destes recursos, por sua vez, causa a escassez de todos os bens e serviços a partir deles produzidos.
Como sociedade, nossos recursos – terra, trabalho e capital – são insuficientes para produzir a totalidade dos bens e serviços que desejamos.

Em outras palavras, a sociedade enfrenta uma escassez de recursos.

Esta dura verdade a respeito do mundo nos ajuda a entender as escolhas que a sociedade precisa fazer. Queremos um povo mais educado? Claro que sim. Mas isso exigirá mais trabalho – operários para construir mais salas de aula eprofessores para ensinar nelas. Isso exigirá mais recursos naturais – terra para instalação das salas e madeira para sua construção. E exigirá mais capital – betoneiras, caminhões e outras coisas mais. Mas estes mesmos recursos poderiam ser
usados para produzir outras coisas que desejamos – coisas como novas casas, hospitais, carros ou filmes. Como resultado, toda sociedade deve dispor de algum método de alocação de seus recursos escassos, escolhendo quais de nossos muitos desejos concorrentes serão satisfeitos e quais não serão.Recursos A terra, o trabalho e o capital usados para produ­zir bens e serviços.

Trabalho O tempo que as
pessoas dedicam à produção
de bens e serviços.

Capital Os instrumentos
duradouros usados para
produzir bens e serviços.

Capital Humano As habilida­des e o treinamento da força de trabalho.

Terra O espaço físico em quese dá a produção e os recur­sos naturais dela extraídos. Muitas das perguntas mais importantes de nossos tempos giram em torno das diferentes maneiras segundo as quais os recursos podem ser alocados. As mudanças cataclísmicas que abalaram o Leste Europeu e a antiga União Soviética durante o início da década de 90 se deveram a um fato simples: o método que estes países usaram durante décadas para alocar recursos não estava funcionando. Mais próximo de nós, os intermináveis debates entre democratas e republicanos nos Estados Unidos refletem diferenças de opinião sutis, porém importantes, sobre como alocar recursos. Trata-se, em muitos casos, de desavenças quanto a se deve o setor privado lidar sozinho com a alocação de recursos ou se deve haver envolvimento do governo.

ESCASSEZ E ECONOMIA

A escassez de recursos – e as escolhas a que somos forçados a fazer – é a fonte de todos os problemas que estudaremos em economia. As famílias têm rendas limitadas a partir das quais buscam satisfazer seus desejos, de modo que precisam escolher cuidadosamente como alocar seus gastos entre diferentes bens e serviços. As empresas desejam ter o maior lucro possível, mas precisam pagar por seus recursos e por isso escolhem cuidadosamente o que produzir, quanto produzir e como produzir. Agências governamentais federais, estaduais e municipais operam com orçamentos limitados e por isso precisam escolher cuidadosamente as metas a que pretendem se dedicar. Os economistas estudam estas decisões tomadas por lares, empresas e governos para explicar como opera nosso sistema econômico, para prever o futuro de nossa economia e para sugerir meios para chegar a um futuro melhor.

O MUNDO DA ECONOMIA

O campo da economia é surpreendentemente amplo. Vai do rotineiro – por que um quilo de picanha custa mais do que um quilo de frango? – ao pessoal e profundo – como os casais decidem quantos filhos ter? Com um campo tão grande, é bom que se tenha algum meio de classificar os diferentes tipos de problemas estudados pelos economistas e os diferentes métodos que usam em sua análise.

MICROECONOMIA E MACROECONOMIA

O campo da economia se divide em duas partes principais: microeconomia e macroeconomia. Microeconomia vem da palavra grega mikros, que significa “pequeno”. Dedica-se a uma visão em close da economia, como se estivesse olhando a economia por um microscópio. A microeconomia se dedica ao comportamento de agentes individuais no panorama econômico – lares, empresas e governos, avalia as escolhas que estes agentes fazem e as interações que há entre eles quando se encontram para negociar bens e serviços específicos. O que acontecerá com o preço dos ingressos para o cinema nos próximos cinco anos? Quantos empregos serão criados no setor de fast-food? Como seriam as empresas de telefonia dos Estados Unidos afetadas por um imposto sobre telefones importados? Todas estas questões são de natureza microeconômica porque analisam partes individuais da economia e não a economia como um todo.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Avaliação do NP1

Fapan – Faculdade Pan-Amazônica

Professora: Márcia Bentes

Disciplina: Administração do Relacionamento com o Cliente

Avaliação do NP1

Turma:Europa ______________________________________________________

Orientação:

1) O trabalho poderá ser feito, individualmente, em dupla ou no máximo com três participantes por equipe;

2) Deverá ser entregue por escrito no dia marcado para realização do NP1 da turma e, no momento de entrega, todos deverão assinar a lista de freqüência correspondente à avaliação;

3) O trabalho consiste no seguinte:

- Crie ou narre uma situação marcante vivenciada, onde havia um problema a ser resolvido para que a venda fosse concretizada, entre um cliente e um profissional de atendimento de vendas e como se desfechou a estória. Deverá ser informado o tipo de cliente e as soluções encontradas para que fosse encerrado com sucesso esse processo ficando enfatizadas as características do cliente e do atendente.

Interpretação e Produção de Textos

Curso de Administração de Empresas

Professora: Maria Eliane.

Disciplina: Interpretação e Produção de Textos

Aluno (a): Turma:

Diretrizes Básicas para a Elaboração de Resumo e de Resenha[1]

1. Os Gêneros de Textos: Resumo, Resenha

O resumo é a apresentação concisa e freqüentemente seletiva do texto, destacando-se os elementos de maior interesse e importância, isto é, as principais idéias do autor da obra. Sendo assim, resumir um texto significa sintetizar as idéias por ele apresentadas, e não a mera redução dos parágrafos. Por isso, o resumo pode ser escrito com outras palavras, desde de que as idéias do texto sejam mantidas.

1.1. O Resumo: traz somente as idéias do autor lido. Você escreve com as suas palavras as idéias do autor e também pode fazer transcrições, ou seja, trazer para o resumo trechos com as palavras do autor exatamente como estão no texto lido, que sempre estarão com destaque gráfico (ou aspas, ou negrito, ou itálico).

1.2. A Resenha: além de trazer as idéias do autor lido, traz uma análise sobre o conteúdo. Tal análise deve evidenciar seus comentários sobre o texto, questionamentos, suas posições, impressões etc.

Veja a seguir algumas das características de uma resenha: primeiro informe a bibliografia da fonte que foi resenhada; depois faça a resenha alternando o resumo das idéias do autor com sua análise e comentários. Vale destacar que não é errado fazer primeiro todo o resumo e depois tecer os comentários e análise. O primeiro estilo, no entanto, é mais aceito no âmbito acadêmico científico.

3- Esquema Explicativo de como Elaborar uma Resenha

A Resenha Fase 1: A Leitura Dirigida.

Passo 1: Faça a leitura do texto sem sublinhar nada, para identificar a idéia/mensagem central. Ao final pergunte-se: qual é a idéia/mensagem principal do texto? E as secundárias? Do que trata o texto? Se você não conseguir responder a essas perguntas, leia novamente. Se responder, passe para o segundo momento.

Passo 2: Leia novamente o texto para destacar os trechos significativos e representativos da idéia central, os argumentos, os comentários do autor e informações complementares. Observe a estrutura dos parágrafos e perceba a relação coesiva que existe entre eles. Agora sublinhe, marque, faça os destaques dos parágrafos significativos.

A Resenha Fase 2: O Momento de Resumir

Passo 1: Faça uma folha de rosto para a sua resenha.

Passo 2: Comece escrevendo a Bibliografia do texto segundo as normas da ABNT.

Passo 3: Comece fazendo um resumo, sintetizando o conteúdo do texto. Use sempre o verbo na terceira pessoa.

Passo 4: Faça citações do autor para fundamentar melhor as idéias dos trechos que marcou, que sublinhou. Após cada trecho coloque o número da página entre parênteses.

Exemplo:

Refere que: “as relações humanas deve ser preservadas” (p.23).

A Resenha Fase 3: O Momento das idéias pessoais

Passo 5: Faça agora seus comentários sobre o que entendeu e como entendeu o texto. Escreva sua opinião, seu entendimento sobre as idéias contidas no texto. Faça referência a outros autores lidos. Use o verbo na primeira pessoa.

Exemplo I: Resenha elaborada por Elizabeth Teixeira em: As três Metodologias; acadêmica, da ciência e da pesquisa.

LUCKESI, Cipriano. Filosofia da Educação. São Paulo: Cortez, 1992. Cap. II.

Considerando Luckesi, a educação pode ser discutida em sua conexão com a sociedade a partir de três dimensões, que passaremos a tratar a seguir. Cada dimensão tem características específicas e o autor garante que ainda estão presentes no atual contexto educacional. Concordamos com essa afirmativa, pois temos presenciado as três posturas em diversos ambientes de ensino.

A primeira dimensão é apresentada pelo autor com a denominação

de Redentora. Nessa dimensão a escola é ativa em relação à sociedade (Escola Sociedade). Essa ação da escola é para integrar os elementos à sua estrutura, ao todo social. Nessa perspectiva, caberá à educação: adaptar o indivíduo ao meio; curar as mazelas sociais; recuperar a harmonia perdida; restaurar o equilíbrio; reordenar o social; regenerar os que estão à margem da sociedade.

Entendemos que tais atribuições dadas à educação colocam-na na posição de salvadora e realmente redentora dessa sociedade conturbada e confusa. O alvo dessa educação são as crianças. O principal mentor intelectual é Comênio e sua obra sobre a didática. Tais características são evidentes na educação tradicional e na escolanovista.

A Segunda dimensão apontada pelo autor é a Reprodutora. Aqui, a escola é totalmente passiva diante da sociedade (escola sociedade). Essa passividade reflete seu papel de mera reprodutora do meio. Não há determinações, mas somente constatações. O autor aponta que: a educação reproduz a sociedade; reproduz a força de trabalho; reproduz saberes práticos; ensina as regras dos bons costumes; reproduz a submissão/capacidade de manejar; enfim faz a sujeição ideológica.

A terceira dimensão referida pelo autor é a Transformadora. Aqui, a escola volta a ser ativa, mas de uma maneira positiva, pois poderá realizar e mediar um projeto de sociedade; trabalhar pela democratização; partir dos condicionantes históricos; atingir objetivos sociais e políticos; criticar o sistema; propor mudanças; agir na realidade.

Pensamos que essa dimensão é o nosso maior desafio. Acreditamos que através de estratégias participativas e construtoras de novos saberes estaremos em melhores condições de propor transformações e criar projetos concretos que visem um novo contexto social e humano. Urge uma nova educação, novos educadores, novos educandos. Eis o desafio!!


CAPA (1): Elemento de proteção do documento, obrigatório e traz as seguintes informações indispensáveis aos trabalhos acadêmicos, na seguinte seqüência: a) nome da instituição (opcional), nome do aluno (a) ou equipe, em caixa alta e centralizados, se mais de um, em ordem alfabética, título, subtítulo se houver, cidade e ano.

margem superior (3cm)

ANA LUIZA GUIMARÃES

FÁBIO VASCONCELOS

MARIA DE NAZARE AMADEO

MARIA ELZA SANTA BRÍGIDA

Trabalhando as narrativas orais populares de Belém nas aulas de leitura

e produção de textos.

margem esquerda

(3cm)










margem direita

2 cm

(cidade da instituição onde deve ser apresentado)

Belém/pa

(ano da entrega)

2002

margem inferior (2cm)


FOLHA DE ROSTO (2) - Elemento obrigatório.

margem superior (3cm)

UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAU

INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO PARÁ

CURSO DE PEDAGOGIA EM REGIME ESPECIAL

TURMA:

EQUIPE:

ANA LUIZA GUIMARÃES

FÁBIO VASCONCELOS

MARIA DE NAZARE AMADEO

MARIA ELZA SANTA BRÍGIDA

Trabalhando as narrativas orais populares de Belém nas aulas de leitura

e produção de textos.

margem esquerda

(3cm)










margem direita

2 cm

Trabalho apresentado à disciplina

Metodologia do Ensino do Português,

como requisito de avaliação orientado

pelo (a) professor (a) ***

(cidade da instituição onde deve ser apresentado)

Belém/pa

(ano da entrega)

2002

margem inferior (2cm)


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

a) dicionários:

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário da língua portuguesa. 2.ed.rev.aum. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.

b) Livros:

SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. 22ed. Ver. E ampl. De acordo com a ABNT. São Paulo: Cortez, 2002.

MARCONI, Marina A. & LAKATOS, Eva M.. Metodologia do Trabalho Científico. 6ed. São Paulo: Atlas, 2001.

PRADO, Hélio et al. Os paradigmas. 2ed. São Paulo: Cortez, 1997.

c) Artigos em jornais e revistas:

GARCIA NETO, Renato Gomes. A violência hoje. O Liberal, Belém, 29 de Jan. 1999. Caderno Cartaz, p.3.

CAVALCANTI, Fátima de. Os adultos e as crianças. Revista Informando. V.3, n. 5-6, p.35-43, ou/dez. 1997.

OS ADULTOS e as crianças. Revista Informando. V.3, n. 5-6, p. 35-43, out/dez. 1997.

d) Vídeo, disquete e textos da internet :

O PONTO DE MUTAÇÃO. Rio de Janeiro: Manchete Vídeo, 1987. 1 videocassete (120mm): VHS, son., color.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ. Biblioteca Central. Normas.doc. normas para apresentação de trabalhos. Belém, 2000. 3 disquetes, 3¹/² pol. Word for Windows 7.0.

CHINELLI, Ana Paula. O Último segundo (on line). Set. 2003. Disponível: http:// www. ig.com.br/useg/cultura/artigo. (capturado em 20 set 2003).

ACCIOLY, F. Publicação eletrônica[mensagem pessoal]. Mensagem recebida por <mtmendes@uol.com.br> em 26 jan. 2000.


NORMAS ABNT PARA

FORMATAÇÃO DE APRESENTAÇÃO DE TRABALHO ACADÊMICOS CIENTÍFICOS:

Formato

Papel A4 - Branco;

Estilo de Fonte: 12;

Fonte: Times New Roman ou Arial.

Margem da página

Esquerda e superior 3 cm

/ Direita e inferior 2 cm

Recuo de margem

Régua 2 cm (p/ parágrafo)

Espaçamento entre linhas

Espaço 1,5

Alinhamento

Texto justificado

Verbos de dizer (para a apresentação das idéias do autor no texto)

1ª pessoa do plural (nós). Ex: relatamos, pensamos, afirmamos, entendemos, acreditamos, defendemos, referimo-nos etc...

3ª pessoa do singular (ele). Ex: relata-se, pensa-se, afirma-se, entende-se, acredita-se, defende-se, refere-se etc...



[1] Colaboração do professor Marcos Nahmias (CESUPA/Belém/Pa).